Este post é longo, mas apenas lendo ele por inteiro você entenderá o que eu penso sobre o assunto. Provavelmente ele vai desagradar a todos os que o lerem, mas é como, de fato, vejo a verdade. Leia tudo antes de jogar as pedras.
Certo dia, não faz muito tempo, recebi em meu e-mail um convite de uma amiga, por quem tenho um carinho enorme e um afeto verdadeiro. Ela me chamava para celebrar dois "casamentos": um entre dois homens e outro entre duas mulheres.
Confesso que este convite gerou em mim uma angústia. Em todos os ambientes que frequento, todos sabem que eu sou um pastor. Por outro lado, sempre medi muito todas as palavras que eu disse sobre homossexualidade pela consideração profunda que tenho por minha amiga, além da admiração que eu realmente tenho por um dos rapazes. Acabou que não respondi àquele convite. E nós não deixamos de ser amigos e nem diminuiu o meu carinho e respeito por ela.
Conto este episódio para mostrar algo que é bem vívido para mim, mas duvido que o seja para muitos evangélicos. Nós debatemos teologicamente pensando apenas na verdade e nos esquecemos que há discussões que envolvem rostos, histórias, vidas inteiras. Mas quando percebemos isso, não há como preservar a mesma abordagem. Para muitos evangélicos, o máximo que eles sabem de homossexualismo é o que leem de Júlio Severo ou dos blogs evangélicos. Mas eu não posso me dar a este luxo. Desde a universidade que convivo com homossexuais assumidos, no armário, pessoas de grande competência profissional e amigáveis, assim como outras nada agradáveis e até tenho uma amiga homossexual. Eles fazem parte da minha vida.
Contudo, embora isso me leve a tratar da união homoafetiva com cuidado, não posso dizer o que eles gostariam de ouvir. Sou um pastor, crente em Cristo Jesus e que jurou ensinar a verdade bíblica. Não posso abençoar uniões que a Bíblia não aprova. Mas também sou um homem de direita, profundamente convicto da importância das liberdades fundamentais e crente em um Estado mínimo. Creio que a Bíblia exige, para o nosso tempo, a preservação dessas liberdades.
Considerando tudo isso, eu só encontro uma resposta para julgar a decisão do Supremo Tribunal Federal de reconhecer a união estável homoafetiva. O post é longo, mas eu peço que seja lido até o final antes que eu declare o meu voto sobre o assunto.
O homossexualismo é pecado
O primeiro fator que deve ser levado em consideração é qual a avaliação que a Bíblia faz do comportamento homossexual. E isso, pra mim, é um assunto indisputável. Independente do tempo, da época ou da cultura, o homossexualismo é condenado pelas Escrituras. Os que, deliberadamente, recusam-se a lutar contra este pecado e entregam-se a ele, serão condenados por Deus ao inferno.
Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros,nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. (1 Coríntios 6:9-10)
Trata-se também de um pecado que é possível sim de ser vencido, como a Bíblia atesta no versículo seguinte:
Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus. (1 Coríntios 6:11)
É falso o discurso de que o homossexualismo é um comportamento ou um desejo invencível. Assim como nós podemos vencer o adultério, a avareza ou o alcoolismo, também podemos derrotá-lo, em Cristo Jesus.
Mas eu também vejo um outro lado. Os adúlteros também não herdarão o reino de Deus, mas eu não considero o adultério um pecado vencido em minha vida. Explico. Não saio por aí traindo a minha namorada. Mas ainda caio várias vezes em adultério, se levar a sério a advertência de Jesus:
Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela. (Mateus 5:27-28)
Assim como eu, vários e vários cristãos salvos e santificados em Cristo Jesus lutam para não adulterar. E eu luto contra outros pecados apontados por Paulo. E, se essa luta é real pra mim, então existem cristãos salvos que passarão a vida toda lutando contra desejos homossexuais, assim como há os que lutarão contra o adultério, a avareza (são tantos!), a impureza, a maledicência (olhem quantos fofoqueiros!), a roubalheira e outros pecados!
Sim, o homossexualismo é um pecado grave. Mas não é o mais grave de todos. E eu carrego em mim pecados tão ou mais graves.
A Bíblia reconhece o direito dos pecadores
O resultado disso é que nós não vivemos em um mundo imperfeito. Há em vários cristãos, notadamente nos reformados, o desejo de que vivamos aqui como viveremos no céu. Mas isso é um erro. As leis divinas só podem ser aplicadas perfeitamente quando Jesus voltar. Até lá, somos, por definição, peregrinos e estrangeiros:
Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. (Hebreus 11:13)
Hoje a terra não é o lar dos cristãos. É inútil tentarmos trazer pra cá as mesmas regras da nossa pátria celeste. E, verdade seja dita, a Bíblia não faz isso.
Creio que isso pode ser ilustrado no episódio mais famoso da vida de Salomão:
Então, vieram duas prostitutas ao rei e se puseram perante ele. Disse-lhe uma das mulheres: Ah! Senhor meu, eu e esta mulher moramos na mesma casa, onde dei à luz um filho. No terceiro dia, depois do meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; nenhuma outra pessoa se achava conosco na casa; somente nós ambas estávamos ali. De noite, morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. Levantou-se à meia-noite, e, enquanto dormia a tua serva, tirou-me a meu filho do meu lado, e o deitou nos seus braços; e a seu filho morto deitou-o nos meus. Levantando-me de madrugada para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, reparando nele pela manhã, eis que não era o filho que eu dera à luz.
Então, disse a outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho; o teu é o morto. Porém esta disse: Não, o morto é teu filho; o meu é o vivo. Assim falaram perante o rei.
Então, disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho é o morto; e esta outra diz: Não, o morto é teu filho, e o meu filho é o vivo. Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. Trouxeram uma espada diante do rei.
Disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo e dai metade a uma e metade a outra.
Então, a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque o amor materno se aguçou por seu filho) e disse: Ah! Senhor meu, dai-lhe o menino vivo e por modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem meu nem teu; seja dividido.
Então, respondeu o rei: Dai à primeira o menino vivo; não o mateis, porque esta é sua mãe. Todo o Israel ouviu a sentença que o rei havia proferido; e todos tiveram profundo respeito ao rei, porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça. (1 Reis 3:16-28)Normalmente todos os sermões sobre este texto falam de como Salomão foi esperto para descobrir a verdade ou de como é forte o amor materno (um forte candidato para o Dia das Mães). Mas há dois detalhes superimportantes que nunca ouvi serem mencionados.
O primeiro é o de que as mulheres eram prostitutas. Hoje isso não choca, mas pense bem...a Bíblia traz, desde sempre, condenações pesadas à prostituição. Em épocas de piedade (como era o início do reinado de Salomão), as prostitutas eram vistas da pior forma possível, mas de um jeito muito pior do que os cristãos encaram hoje os homossexuais. Nem ofertar a Deus alguma coisa elas podiam:
Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do SENHOR, teu Deus, por qualquer voto; porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao SENHOR, teu Deus. (Deuteronômio 23:18)
Há um outro detalhe: a origem dos bebês. Ao que consta, as prostitutas de 1 Reis 3 não eram casadas. Os seus filhos foram gerados em pecado: ou foram concebidos de um homem casado (adultério) ou de um homem solteiro (fornicação). Se fosse adultério, a pena era de morte.Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera. (Levítico 20:10)
Mesmo se fosse uma simples fornicação, a Lei de Moisés autorizava a execução de prostitutas e de seus clientes, como é sugerido da leitura de Números 25 (colo aqui só uns versículos):
Habitando Israel em Sitim, começou o povo a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos deuses delas. Juntando-se Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel.
Disse o SENHOR a Moisés: Toma todos os cabeças do povo e enforca-os ao SENHOR ao ar livre, e a ardente ira do SENHOR se retirará de Israel. Então, Moisés disse aos juízes de Israel: Cada um mate os homens da sua tribo que se juntaram a Baal-Peor.
Eis que um homem dos filhos de Israel veio e trouxe a seus irmãos uma midianita perante os olhos de Moisés e de toda a congregação dos filhos de Israel, enquanto eles choravam diante da tenda da congregação. Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, o filho de Arão, o sacerdote, levantou-se do meio da congregação, e, pegando uma lança, foi após o homem israelita até ao interior da tenda, e os atravessou, ao homem israelita e à mulher, a ambos pelo ventre; então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel. (Números 25:1-8)
Voltando a Salomão, fica uma pergunta para os evangélicos que leem este post. Por que Salomão não matou as prostitutas ou fez diligências sobre a paternidade da criança?Ao invés de matá-las, Salomão reconheceu o direito delas como súditase decidiu sobre a maternidade. E o testemunho bíblico e do povo é o de queo rei fez justiça. As crianças eram bastardas, fruto de um pecado, não havia nada de bíblico naquela disputa. Mesmo assim Salomão reconheceu o direito delas, embora, pela Lei, elas devessem é fugir de cair nas mãos das autoridades israelenses.
A conclusão é simples: a Bíblia reconhece o direito dos pecadores.
Implicações do direito dos pecadores
E creio que aqui podemos fazer algumas analogias. Se as prostitutas têm direitos, os homossexuais também possuem, assim como divorciados, adúlteros ou fornicadores.
Há uma série enorme de pecados que acontecem no dia-a-dia, independente da condenação de Deus. Estes pecados geram consequências humanas e jurídicas e provocam uma demanda real por direitos.
É fato: há casais que se separam, não por adultério ou abandono (as razões bíblicas), mas por vários outros motivos. E se o Estado não der o divórcio, eles vão se envolver em relações de concubinato mesmo assim, inclusive gerando filhos. O que fazer nestes casos: ignorar? Não, não dá.
Começo com os filhos bastardos, os gerados fora do casamento. Eles têm os mesmos direitos à herança que os que nasceram no casamento? Imaginem se não houvesse lei sobre isso, a confusão que não seria. E o patrimônio gerado com o esforço conjunto de amantes: o que fazer? E quando um adolescente engravida a namorada?
Da mesma forma com a união estável. Chega a ser engraçado que estejamos protestando contra a união estável homoafetiva, como se a heteroafetiva fosse normal ou santa. Na maioria das vezes, não é. No papel, são duas pessoas vivendo juntas, acumulando patrimônio, tendo relações sexuais e até filhos...sem se casar! Na verdade, é o "bom" e velho concubinato. Sinceramente, os cristãos não deveriam ser contrários apenas a união estável homoafetiva, mas a todo tipo de união estável. Contudo, há casais heterossexuais que vão juntar as escovas de dentes sem se casar e isso vai gerar questões jurídicas. Pergunto aos cristãos: o Estado deve fingir que não vê?
Não, meus caros, não deve. Nós não vivemos no céu, não estamos em nossa pátria, então as leis precisam levar em consideração o estado atual das coisas. Assim como Salomão julgou a causa das prostitutas, o Estado deve se pronunciar sobre fatos que vão acontecer independente de existir ou não lei, independente de serem ou não condenados por Deus. Por isso há leis sobre essas situações, porque não dá para tapar o Sol com a peneira.
E hoje já há 60 mil casais homossexuais no Brasil que se assumiram como tal. Não dá para fingir, não dá para ignorar. E, se o Estado deu direitos a pecadores heterossexuais regularem e resolverem seus pecados, então por que discriminar os homossexuais?
Não, não vai. Neste caso, negar ao homossexual esses direitos é discriminação, já que não os negamos aos envolvidos em concubinato heterossexual ou divórcios. Eles também pode se ligar afetivamente como desejarem, disporem de seus bens, escolherem quem será beneficiado por seus privilégios (sócio de clube, funcionário público a ser removido para outro lugar, etc).
Obviamente, eu não fico feliz que isso tenha que ser feito. Se eu pudesse, viveria em um mundo onde não há divórcios, amores não correspondidos, infidelidades, concubinatos, homossexualismos, onde cada pessoa só deseja sexualmente o amor da sua vida...mas eu não vivo em um mundo assim. Pessoas que amei (e amo) profundamente, incluindo parentes próximos...traíram, foram traídos, se separaram, são frutos de adultérios, de fornicações, de segundos, terceiros casamentos...e eu não posso fingir que elas não existem.
O Estado não é a Igreja
Logo, mesmo que o Supremo Tribunal Federal não tivesse reconhecido a validade da união estável homoafetiva, eles possuem sim direitos aqui neste mundo. E isso precisa ser regulado.
Acho que isso seria mais fácil de entender se aceitássemos mais a ideia de separação entre Igreja e Estado. Não advogo uma separação absoluta, acho sim que a Igreja tem o direito de ser um ator político e dizer ao Estado o que fazer, mas não o de obrigar. Assim como, em algumas coisas, o Estado precisa interferir, como na forma certa de edificar os templos (para evitar desabamentos ou problemas com a vizinhança).
Mas o próprio Jesus sugere que há uma separação real:
Disse-lhes, então, Jesus: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. E muito se admiraram dele. (Marcos 12:17)
E, neste caso, receio que os evangélicos estejam dando a César (Estado) o que é de Deus. Em lugar algum da Bíblia eu vejo como funções do Estado a definição dos conceitos de "família" ou "casamento". Sendo bem sincero, não vejo sequer uma base bíblica sólida para que o Estado celebre casamentos (embora os reformados digam que sim)! Hoje eu exijo o papel passado porque, em nossa cultura, isso define casamento. Se há casamento civil e ele é lícito biblicamente, para todos os efeitos religiosos, as pessoas são casadas. Todavia, o reconhecimento do Estado não é necessário em outros lugares, e neles não é preciso casar de papel passado para ser casado aos olhos de Deus.Vou repetir. Para nós, cristãos, quem define o que é "família" e "casamento" é Deus, por meio da Bíblia, e não o Estado. Quem define as formas lícitas de relacionamento afetivo e sexual é Deus e não o Estado. Até porque, sendo sincero, aquilo que o Estado chama de "casamento" não é o que a Bíblia chama. O casamento estatal pode ser desfeito rapidamente e é obra de homens, o de Deus só pode ser desfeito em morte, adultério ou abandono e é obra divina.
E acho que nos falta coerência também. Muitos cristãos protestam dizendo que o Estado se intromete em questões que não lhe dizem respeito. Querem o direito de educar seus filhos como quiserem: dando palmadas ou educando em casa. Ora, se queremos esse direito...como podemos querer que o Estado interfira em uma relação consensual entre dois indivíduos adultos?! É incoerente.
Biblicamente, o Estado não é responsável por obrigar as pessoas a seguirem os preceitos da fé cristã. Não define quais as relações afetivas corretas entre os seres humanos. Não define o que é casamento e nem tem o direito de celebrá-lo em todas as épocas e culturas. E a Igreja não deve dar ao Estado um poder que ele não tem.
Mas e o casamento homossexual?
Contudo, isso não quer dizer que a Igreja deva aprovar tudo o que o Estado faz. No caso de uma união estável homoafetiva, considerando que ela existe para os heterossexuais e não é casamento, eu sou sim favorável (considerando também o direito de Salomão exposto acima). Mas não digo o mesmo do casamento civil.
Embora o Estado não seja a Igreja, ele também é julgado por Deus. Quando o Estado decreta leis contrárias a Deus, ele está atraindo juízo sobre a nação. Afinal, o Senhor não julga apenas indivíduos, Ele também julga países:
Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, o profeta, contra as nações. (Jeremias 46:1)
Nos livros dos profetas há capítulos inteiros falando de como Deus julgaria países inteiros por seus pecados: Israel, Judá, Egito, Babilônia, Assíria, Moabe, os nômades do deserto, etc. Quando o Brasil elege corruptos, não julga bandidos, se entrega à idolatria e à imoralidade sexual e aprova leis indevidas, isso atrai a ira de Deus.Ao meu ver, o comportamento homossexual por si só já desperta esta ira:
Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. (Romanos 1:26-27)
Deus não obriga ninguém a parar de pecar, mas há consequências que já começam neste mundo. Desde agora já há uma punição divina sobre os indivíduos que persistem no homossexualismo. No entanto, como o pecado é cometido, é preciso por alguma ordem. Omitir-se, ao meu ver, seria pior.E aí, entendo que a união estável homoafetiva é suficiente, dando os direitos que são necessários para regular a relação homoafetiva estável. O casamento não é necessário e não deve ser corrompido com uma união reprovada por Deus.
Sim, o Estado não define o que é casamento, mas eu preciso dizer que casamento é uma relação monogâmica heterossexual, entre um homem e uma mulher, onde o marido representa Cristo e a esposa, a Igreja; onde os dois deixam a casa de seus pais e se tornam uma só carne, de modo público; que só pode ser desfeita pela morte, pelo adultério ou pelo abandono da parte incrédula. Todas as vezes que o Estado se desvia dessa função, ele peca e atrai a ira de Deus sobre a nação.
Sim o Estado precisa regular fatos que acontecem fora da lei divina. Mas nem sempre isso é feito da maneira correta. Quando o Estado permite o divórcio por qualquer razão e deixa de ver o casamento como indissolúvel, ele legislou de forma errada. E o casamento homossexual seria mais um passo na direção do pecado.
Creio ter dito tudo o que me inquieta quanto a este assunto. Não vou entrar aqui no mérito jurídico da questão, este post é teológico. Há questões que eu entendo que a Igreja precisa responder melhor, como a legitimidade do Estado nos casamentos e o papel do Estado em si. Assuntos que eu confesso a vocês que preciso me aprofundar também.
Mas não posso me despedir sem dizer algo antes. Não precisa ser assim. O Estado regulou a união estável homoafetiva, a heteroafetiva, o divórcio e tudo o mais. Mas se você hoje, assim como eu, luta contra pecados sexuais e afetivos, há esperança! Não importa se você é adúltero(a), homossexual, se você se divorciou pelo motivo errado, se você vive em concubinato, isso pode mudar. Se coríntios foram libertos destes pecados, nós também podemos, mas em Cristo Jesus.
Na barra direita há vários posts meus falando do Caminho da Salvação. Clique neles, leia-os. Lá, você vai descobrir como, pela fé, Jesus pode nos libertar de todo pecado e nos conduzir ao céu.
Despeço-me com Efésios 2:1-10. Deus nos amou quando estávamos mergulhados no pecado. E, se você crê n'Ele, então Ele resgatará a você...e a mim.
Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas. (Efésios 2:1-10)
Graça e paz do Senhor
Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro
http://reformaecarisma.blogspot.com.br/2011/05/o-direito-de-salomao-e-uniao.html
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