As marcas de um verdadeiro profeta de Deus




Muitos hoje em dia se intitulam profetas... Profetas até mesmo das "nações"...
Analiso a vida da maioria dos mesmos diante do crivo da palavra de Deus e vejo-os mentirosos...
Vamos aqui discorrer das "marcas de um verdadeiro profeta"...
A maioria vem do anonimato, pessoas simples, sem linhagem ou posições.
Não são "indicados" por ninguém...
São chamados por Deus no meio de uma situação caótica e são eles até mesmo parte do caos, mas tem um desejo intenso e uma expectativa de serem transformados.
São transformados por Deus para justamente trazer esperança a outros de que uma mudança de rumos e atitudes é possível mediante tão somente ouvir a voz de Deus e sujeitar-se a ela.
Tem seu chamado sem que hajam testemunhas. Muitos foram chamados quando não havia ninguém por perto.
São pessoas comuns em seus defeitos até o dia do seu chamado; após, isto muda única e exclusivamente por causa de Deus.
Não comungam com religiosos. Não aceitam ofertas que pudesse apontar que os milagres operados através de suas vidas tivesse algum mérito seu.
Fazem coisas em obediência a Deus que outros moralistas reprovam.
Entram na casa dos órfãos e das viúvas não para sacarem o que lhes resta, mas para através de sua vida, perpetuarem a existência dos mesmos.
Não são super, hiper, mega homens... Choram, tem medo e ficam doentes também.
Não estão nem aí para sua reputação diante dos homens.
Não estão o tempo todo nos templos humanos, mas se encontram onde realmente são necessários, nas ruas, nos desertos e principalmente os achamos junto com os excluídos.
Quando são convidados a um banquete, são "mal educados" diante do convite ao ver que tal banquete possa ter segundas intenções por parte do anfitrião, quando não visa o banquete saciar a fome de alguém, mas promover-se em cima da presença de uma pessoa de fama coletiva.
Tem a coragem de olhar na cara dos políticos e autoridades e dizer o que precisam ouvir, confontando-os diante do seu pecado e injustiça, ainda que isto lhe custe a própria vida.
Não se preoucupa em ser reconhecido pelos donos da religião atual.
Não se veste de armani, não é acostumado a comer só do "melhor da terra" e tem seu prazer nas coisas simples.
Tem frequentemente visão real da santidade de Deus e sai de sua rotina para estar a sós com Deus. Foge dos louvores das multidões. Tem como tônica de sua mensagem o arrependimento dos homens e o juízo de Deus. Sua família não é desassistida, mas por amor a Deus sujeita seu coração ao ponto de Deus poder, se assim desejar, matá-la simplesmente para poder falar e mostrar exemplo sobre perdas a uma geração acostumada no deleite pecaminoso.
Faz coisas absurdas em obediência a Deus, colocando em cheque sua reputação por viver de acordo com a "loucura" que Deus lhe manda fazer.
Se Deus quisesse que o tal vendesse tudo o que tem e doasse aos pobres e passasse a viver de doações, isto faria.
Não importa se sua mensagem é desprezada, seja pelos religiosos atuais, sejam pelos governantes, seja por sua família.
Não busca a glória e o bem dos homens, mas sim a satisfação e a glória de Deus e prima pela justiça divina.
Não espera receber de Deus vida longa e próspera, até porque sabe que quando um homem encontra-se em aliança com Deus, predispoe-se a ter inimigos em massa e isto por si só acabará por encurtar e tornar sua vida neste mundo um tanto quanto amarga, porque os inimigos dele mesmo começarão a aparecer dentro da sua própria casa.
Ficaria extremamente feliz se no sepultamento do seu corpo, este que foi testemunho de uma vida em justiça, pudesse continuar trazendo aos que ali comparecessem arrependimento diante de Deus pelas obras de injustiça cometidas.
Mesmo em um leito de morte, continua sendo instrumento de Deus para falar de Deus a qualquer que porventura o consulte para ouvir a voz do Eterno.
Morto, seus restos corporais mostram tanta consagração e santidade de Deus que ainda é capaz de operar um milagre. Sua vida se vai deste mundo, mas seu exemplo de vida e sua mensagem continua repercutindo nos corações.
É um sujeito que mesmo com muitos compromissos que possa vir a ter, atende e não esquece de quem lhe serviu no passado, parando tudo o que estava fazendo, dando toda atenção, chorando e humilhando-se diante de Deus por um milagre em favor desta pessoa.
Despreza e detesta bajulações. Quando fica com autoridades e ou ricos, se porta da mesma maneira como quando está com os excluídos. Não deixa também de neste momento, cutucar os abastados quanto a sua avareza. É péssimo em se falando de etiqueta, na casa dos outros, porque no instante que perceber injustiças naquele ambiente será forçado por sua consciência a falar contra o dono da casa, logo, não espera que possam lhe chamar ali novamente.
Valoriza as coisas simples e despreza as coisas grandiosas e ensina os que andam com ele a terem responsabilidade social com as pessoas pobres que estão ao derredor, ensinando-as que para fazerem alguma coisa pelo próximo, não precisam elas serem ricas primeiro para depois compartilhar. Na verdade, quando elas começam a ter a ponto de acumular algo quando só se necessita de um item, que este outro acumulado já deve ser considerado como doação para alguém. Logo, numa real comunidade de irmãos, anormal seria que alguém pudesse ter uma coisa sobrando.
(Muito, muito forte e confrontador isto, meu Deus)
Não quer ser uma única voz falante, mas estimula outros que sejam como ele, mais vozes a falar das grandezas de Deus. Nunca foi objetivo seu andar sozinho e mandar em coisa alguma. Contenta-se em simplesmente ser alguém que tem consigo os conselhos e a palavra de Deus. Não tem por objetivo mandar em ninguém, mas preparar as pessoas para viverem como ele vive, fazendo não servos, mas discípulos, estes a serviço de Deus na coletividade.
Se alegra pelas injustiças e dores. Quanto mais afligido, se isto for pela causa de Deus, tanto mais fica contente.
Fica extremamente feliz em ser diminuído quando Deus quiser exaltar outro que não seja ele mesmo, com o propósito de fazer as pessoas respeitarem também outra pessoa. Pensa não em si, mas pensa como parte do reino de Deus.
Não se sente ameaçado por ninguém, nem por causa de outro que realiza milagres que ele mesmo nunca conseguiu fazer, embora este outro tenha começado agora seu ministério e ele já esteja a tempo a serviço de Deus. De modo algum, sente-se injustiçado por Deus, por Ele ter dado a outro capacidades que ele não tinha.
Sabe que seu ministério é sempre a continuação de um outro que veio antes do seu, logo não se gaba do que faz e dispoe-se para que outros continuem fazendo aquilo que fez e orienta seus discípulos a procurarem outro quando ele sabe que seu fim está próximo.
Tem um gemido constante em seu coração quando olha órfãos, viúvas e velhos desamparados e no templo, lugar onde deveria ser lugar de justiça, vê homens que deveriam ser em favor destas vidas, fazerem do culto a Deus orgias particulares e comércio de onde tiram seus lucros, tirando do cofre o que lhes convém e deixando à sua própria sorte os desamparados.
Não precisa de templos, de aparatos, de estrutura sacerdotal nem eclesiástica para levarem pessoas a Deus e fazer dos mesmos novas criaturas.
Não se incomoda de andar só, quando isto for necessário. Ele é o que é por convicção de Deus em sua própria vida, ainda que falem e não reconheçam a fonte de autoridade do que faz. Seus discípulos são a fonte que outorga sua pregação e vida com Deus.
Por fim, procura agradar a Deus em tudo, desde o que come, como se veste, com quem anda, o que prega, onde prega, e como sua vida possa terminar. Dá preferência que sua morte também possa glorificar a Deus como sua vida assim o fez também.


Jair Barreto

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